Terapia Online

     Quando em 2018 o Conselho Regional de Psicologia liberou o atendimento online através da Resolução 11/2018, muitos profissionais questionaram a validade de uma psicoterapia ocorrer mediada pela internet.

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     Em março de 2020 a Covid-19 bateu em nossas portas e tivemos que fechar nossos consultórios, a pandemia trouxe o pânico em sua bagagem, todos nós estávamos vulneráveis e poderíamos adoecer e chegar a óbito, assim como nossos familiares e amigos.

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     Imediatamente o Conselho Regional de Psicologia sugeriu que todos os atendimentos psicoterapêuticos fossem mediados pela internet, e simplificou o cadastramento no site do CFP para atendimentos mediados pela tecnologia da informação (https://e-psi.cfp.org.br/cadastro-simplificado/encontrarRegistro). Os profissionais que não eram adeptos a esta modalidade foram pouco a pouco aderindo a nova prática, perdendo o preconceito e ganhando até confiança para fazer lives.

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     Nicolaci-da-Costa (2005), diz que a internet é uma tecnologia revolucionária que provoca alterações, tanto no tecido social quanto nas formas de pensar, agir e ser de seus contemporâneos e ao trazer uma nova "configuração psíquica" precisa ser estudada pela psicologia para não perder o acesso àqueles sobre os quais esta quer atuar e ressalta que sem conhecermos as características da subjetividade contemporânea, corremos inclusive o risco de nos tornarmos inadequados ou, o que ainda é pior, preconceituosos (como é o caso daqueles para os quais qualquer mudança recebe valoração negativa a partir de parâmetros tradicionais)

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    Acredito que o atendimento online veio para ficar e graças a este, foi possível atender pessoas que estavam nas mais diferentes regiões e situações, acolhemos suas angustias, seus medos, suas dores pela tela do computador e mais uma vez ficou provado que quando a tecnologia é bem usada ela é de grande valia para a humanidade.

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(Nicolaci-da-Costa, Ana Maria. Primeiros Contornos de Uma Nova "Configuração Psíquica" in Psicologia e informática: desenvolvimento e progresso. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005).